Foto: José Cruz (Divulgação)
Para enxugar ainda mais os gastos do governo, o Ministério da Economia aprovou, na quinta-feira, programas de demissão voluntária (PDV) em sete estatais federais, com adesão esperada de 21 mil funcionários e uma economia estimada em R$ 2,3 bilhões por ano.
O anúncio foi feito pela Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento e ocorre em meio a protestos provocados pelo contingenciamento de recursos. Na quarta, manifestantes foram às ruas em todo o país para criticar o bloqueio de gastos em educação.
Em comunicado, o secretário de Coordenação e Governança das Estatais, Fernando Soares, diz que os programas devem ser finalizados ainda neste ano.
"As empresas estatais devem ter foco em eficiência, produtividade e economia de custos. Temos que primar por uma alocação eficiente do recurso. Toda a nossa ação é nesse sentido de melhorar a entrega dessas entidades para a sociedade brasileira."
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Até agora, Petrobras, Correios, Infraero e Embrapa já anunciaram seus PDVs. Na Infraero, o objetivo é desligar cerca de 600 funcionários. Na Petrobras, seriam 4.300, enquanto nos Correios a adesão esperada é de 7.300 empregados. Na Embrapa, a meta é o desligamento de 3.000.
As outras três estatais que tiveram o programa de desligamento aprovado não foram anunciadas por "questão estratégia", segundo a secretaria. "Cabe à gestão fazer um trabalho junto aos seus empregados para que o PDV seja melhor entendido por eles. É preciso que a área de Recursos Humanos da empresa e a diretoria mostrem os benefícios da adesão ao programa", afirma Soares, no comunicado.
Além dos sete PDVs já aprovados, outros quatro estariam em análise para potencial adoção neste ano, segundo o secretário.
Em março, o Ministério da Economia anunciou o contingenciamento de R$ 29,8 bilhões. Com a revisão da projeção do PIB (Produto Interno Bruto) que será divulgada no próximo dia 22, a expectativa é de um bloqueio adicional que pode alcançar R$ 10 bilhões.